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  • Foto do escritorArquidiocese de Pelotas

A CARIDADE E A MISERICÓRDIA (I)


Introdução:

Este artigo tem três propósitos:

1. Relacionar as temáticas da Caridade e da Misericórdia principalmente a partir das visões dos papas Bento XVI e Francisco;

2. Trazer uma reflexão inicial sobre a importância do pobre como elemento central das reflexões acima;

3. Inaugurar um olhar atento para o chamamento doa Papa Francisco ao “ III Dia Mundial dos Pobres” em 17 de novembro de 2019.

1. Qual entendimento sobre Deus?

Acima de qualquer outro entendimento, somente pode ser entendido como amor.

“Deus é (o) amor”.

“O amor é Deus”

Pois este próprio Deus, que nem sempre se mostra “amoroso”, embora seja o próprio amor. Este mesmo Deus é sempre sim misericordioso, ou seja, está sempre pronto a perdoar, a acolher e receber de braços abertos quem demonstra algum “ato” de amor para com Ele e com os seus “semelhantes” compreendendo assim toda a humanidade independentemente de qualquer diversidade de etnia, gênero, política ou mesmo religiosa, pois indistintamente somos “semelhantes a Deus”.

O Papa Francisco reflete sobre a origem da palavra misericórdia em catequese na Praça do Vaticano

“A própria palavra “misericórdia” evoca um comportamento de ternura. O termo em hebraico, usado na Bíblia, significa entranhas e faz pensar em amor visceral materno. Deus está disposto a amar, proteger e ajudar, dando-Se todo por (todos) nós”.

O AMOR que define Deus é tão diverso e plural que o entendimento de misericórdia confere a Deus um rosto feminino, porém muito mais que uma feição a misericórdia define Deus enquanto sentido e sentimento.