Arquidiocese de Pelotas
O PERFIL DO SER HUMANO PÓS-MODERNO?


Qual é o perfil do ser humano pós-moderno que a civilização de hoje necessita? Colocar essa questão já é uma ousadia. Respondê-la, é ousadia maior. Mesmo assim, propus-me elaborar uma resposta nas poucas linhas abaixo, de apenas um sintético artigo.
Para iniciar, a resposta ao perfil do ser humano pós-moderno, é determinada, particularmente, em função das condições pessoais e sociais, marcadas por um crescente niilismo e por profundas desigualdades e gritantes injustiças que estão presentes na civilização hodierna. Também marcada pelo horizonte cultural de um milênio que está se inaugurando – cultura marcada pela racionalidade e pelo espírito “intelectóidista”, de um lado, mas igualmente por manifestações de uma subjetividade extrema e única, que faz do indivíduo, centro, critério e fim de tudo, inclusive da “própria religião”. “Cada um acredita no que quer!” Mesmo, ainda sentado a uma suposta mesa marcada pela essencialidade e pela hospitalidade, cada um se apodera do supremo direito do indivíduo onipotente. E, mesmo refém da globalização, sente-se senhor das suas ideias e crenças, de seus desejos e “valorizações”. Para fazer frente a esse contexto, iniciando minha tentativa de resposta, a civilização atual precisa de seres humanos pós-modernos dotados de convicções profundas, identidade pessoal e social clara, possuidores de fina preocupação altruísta e não menor sensibilidade social.
Assim, em uma ci