Arquidiocese de Pelotas
POR QUE O CARVALHO CAI E O BAMBU NÃO?
Atualizado: 29 de jul. de 2022


Conta uma antiga fábula, que um carvalho, gabava-se de sua força-própria, desdenhando da aparente sem-força-própria do bambu. Açoitados por uma incremente tempestade, o bambu curvou-se aos ventos da intempérie, enquanto o carvalho afrontava as forças da natureza. Passado o temporal, o bambu seguia de pé, sustentado por suas profundas raízes ante o vendaval. O carvalho? Tombou, pereceu com suas raízes expostas, arrancadas do solo pela fúria dos ventos. O bambu “sem-força-própria”, mas com raízes profundas, foi parceiro com o vento; o carvalho “com-força-própria”, mas com raízes expostas, foi rival do vento. Acolher com humildade ou afrontar com arrogância, agir com simplicidade ou reagir com complexidade. Há quem cultive a sua “fortaleza” sem-força-própria e há que cultive sua “fraqueza” com-força-própria.
Essa antiga fábula do carvalho e do bambu, veio-me à mente, ao deparar-me mais uma vez com a Oração de Jesus, dirigida ao Deus-Pai, no Evangelho de São Mateus 11,25, trecho evangélico proposto pela Igreja para a quinta-feira desta semana, dia 13 de julho: “Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondestes estas coisas aos intelectóides e entendidos e as revelastes aos simples e pequeninos”. Essa oração, aparece, depois de Jesus, no mesmo capítulo, ter falado de João Batista como seu precursor, depois de ter anunciado que o Reino de Deus já estava presente entre o povo por meio dos evidentes sinais, como os doentes curados e o evangelho anunc