Arquidiocese de Pelotas
PRECISAMOS FALAR DE SUICÍDIO
Atualizado: 19 de out. de 2022


Na sociedade atual, o suicídio representa um fenômeno grave e, por isso, muito e necessariamente estudado. As estatísticas (dados da OMS) sobre a questão do suicídio, ainda antes da pandemia da Covid-19, já eram alarmantes: no mundo mais de 1 milhão de pessoas que se suicidavam por ano e as tentativas de suicídios subiam a 20 milhões. A cada 40 segundos, uma pessoa se suicidava. É inacreditável que o suicídio mate mais que os homicídios e as guerras. O suicídio parece mesmo ser a “marca registrada” do “niilismo” do nosso tempo. Fala-se em fenômeno de “massa”, em “epidemia”, em “maré”. É um verdadeiro “flagelo social”. Acresce, segundo a OMS, que essa praga aumentou nos últimos anos e provavelmente continuará aumentando. Tudo isso não surpreende, considerando a sociedade atual marcada pela angústia e a depressão que facilmente abrem a via para a tentação do suicídio. Seja como for o suicídio é um grave problema social.
A gravidade do suicídio na sociedade moderna e pós-moderna já foi percebida com grande acuidade por Émile Durkheim no final do séc. XIX. Ele chegou a qualificar a sociedade de “suicidógena”. Nos seus estudos já apontava o “niilismo” como fator determinante do suicídio. Mais, chega à conclusão que o suicídio é um “sintoma” revelador e ao mesmo tempo o “resultante” do “mal-estar geral” da sociedade atual, da “perturbação profunda”, ou melhor, da “doença coletiva” que a atinge.