Jesus, no Evangelho de hoje, tirado de Mateus, rodeado pela multidão, pede para passar para a outra margem do Lago de Genezaré. Neste momento aproxima-se dele um Mestre da Lei e lhe diz: “Mestre, eu te seguirei aonde quer que tu vás”! A resposta de Jesus ao Mestre da Lei é muito interessante: “As raposas têm suas tocas e as aves dos céus têm seus ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”. Então um dos discípulos disse a Jesus: “Senhor, permite-me que primeiro eu vá sepultar meu pai”. A este também Jesus dá uma resposta interessante: “Segue-me, e deixa que os mortos sepultem os seus mortos” As duas respostas de Jesus mostram que o seguimento a Jesus é exigente, sem meios termos e com interesses. Papa Francisco, na sua Exortação Apostólica, “A Alegria do Evangelho”, fala de um “mundanismo espiritual”, que – segundo ele – “se esconde por detrás de aparências de religiosidade”, e que “procura buscar, em vez da glória do Senhor, a glória humana e o bem-estar pessoal”. Mais, esse mundanismo espiritual – diz o Papa – “é uma maneira sutil de procurar os seus próprios interesses e não os de Jesus Cristo”. Seguir a Jesus na totalidade, é isso o que importa!

+Dom Jacinto Bergmann