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Foto do escritorArquidiocese de Pelotas

MANIFESTAÇÕES DE FÉ MARCAM A 37ª EDIÇÃO DA ROMARIA DE NOSSA SENHORA DE GUADALUPE

Primeira edição realizada após a diminuição das restrições impostas pela pandemia de Covid-19 teve participação animada do clero e dos romeiros


Centenas de romeiros acompanharam neste Domingo (11.12) a 37ª edição da Romaria de Nossa Senhora de Guadalupe, na Cascata. Oriundos de diversas paróquias da Arquidiocese de Pelotas, das Dioceses de Bagé e de Rio Grande os peregrinos aproveitaram o dia ensolarado para expressar a fé na padroeira da América Latina, cuja devoção no Sul do Rio Grande do Sul remonta ao ano de 1985.

Nem mesmo o sol quente e o calor foram suficientes para abalar o entusiasmo dos romeiros, na edição que marcou o retorno do evento ao seu formato mais próximo do original, após a diminuição das restrições impostas pela pandemia de Covid-19. Tradicionalmente realizada em Outubro, neste ano a romaria coincidiu com o Domingo que antecede a festa litúrgica de Nossa Senhora de Guadalupe, comemorada no dia 12 de Dezembro.

O quadro-imagem da Padroeira da América Latina foi levado em procissão motorizada, desde o Seminário São Francisco de Paula, no bairro Três Vendas, em Pelotas até o largo da Cascata, com direito a paradas em diversos pontos da cidade ao longo do trajeto. A subida da colina até o Santuário ocorreu a pé, acompanhada por dezenas de romeiros.

Pouco antes das 10h o quadro-imagem irrompeu na entrada do Santuário, em meio ao badalar de sinos, cantos, palmas, chuva de pétalas e invocações a Nossa Senhora de Guadalupe. Na era da conexão digital, as flores e as folhas de cantos erguidas pelos fiéis disputaram espaço com aparelhos celulares, usados para registrar um dos momentos mais aguardados pelos romeiros.

A Missa foi presidida pelo arcebispo de Pelotas, Dom Jacinto Bergmann, acompanhado pelo bispo de Bagé, Dom Cleonir Dalbosco. Um grande número de padres, religiosos, diáconos e ministros também participou da celebração, cujo evangelho de Lucas 1, 39-47, lembrou a visita de Nossa Senhora à sua prima Isabel.

Na homilia Dom Jacinto fez questão de recordar o conceito básico de Igreja. “A Igreja de Cristo, una, santa, católica e apostólica somos todos nós”, destacou. O arcebispo ressaltou ainda a proposta do papa Francisco, de uma Igreja Sinodal, que caminha junto, em comunhão, participação e missão. “Onde há divisão não há Igreja de Cristo. É preciso viver como o Deus Trindade, em participação e sermos missão, como Igreja em saída, ao encontro das pessoas”, advertiu ao mencionar o tema da 37ª Romaria de Nossa Senhora de Guadalupe “Com Maria: Comunhão, Participação, Missão”.

Ao comentar sobre a alegria de participar e de estar em comunhão com a celebração da festa da Mãe de Jesus na Arquidiocese de Pelotas, o bispo da Diocese de Bagé, Dom Cleonir Dalbosco, destacou a importância de se rezar por mais vocações. “Que no próximo ano possamos celebrar a presença de mais vocacionados”, projetou.


Manifestações de fé

Cumprir promessas, fazer pedidos, ou simplesmente agradecer à Mãe de Jesus. Diversas manifestações de fé dos romeiros chamaram a atenção ao longo de mais esta edição da romaria. Crianças vestidas de anjos, gente que caminhou vários quilômetros a pé, fiéis com flores e imagens nas mãos, romeiros com filhos no colo ou com os pais idosos pelo braço, para se postar aos pés da padroeira da América Latina. Em cada oração uma história, de dor, alívio, súplica, agradecimento.

A pequena Mariana, de cinco anos, foi trazida pela família. Em companhia dos avós e dos pais subiu a colina a pé. Foi a avó quem fez a promessa, logo depois do nascimento da criança, diagnosticada com linfonodulos na cabeça. “Agora ela está saudável e curada. Não é a primeira vez que Nossa Senhora me atende”, relatou aliviada a avó, pouco depois de os cinco se postarem diante do quadro-imagem da Mãe de Guadalupe para rezarem juntos, em agradecimento.


Compromissos da 37ª Romaria de Nossa Senhora de Guadalupe

Com foco no Ano Vocacional 2023 o arcebispo Dom Jacinto Bergmann pediu aos romeiros três compromissos. Que cada um reze individualmente a oração do ano vocacional ao menos uma vez ao dia. Que a mesma oração seja repetida, em família, uma vez por semana. E que seja rezada em comunidade, ao final de cada celebração.


São Juan Diego

Uma imagem de São Juan Diego, índio simples a quem Nossa Senhora de Guadalupe se manifestou no México, em 1531, foi descerrada ao final da celebração, com as inscrições “Vocação, Graça e Missão”, em alusão ao Ano Vocacional 2023, e a frase “Corações ardentes, pés a caminho”, em referência à experiência vivenciada pelos apóstolos no caminho de Emaús.


Redação: Gilvan Quevedo - PASCOM


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