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CELULAR: MALDIÇÃO OU OPORTUNIDADE?

Nos meios sociais não faltam mensagens e vídeos que falam sobre os males do celular. Fala-se até em algo pior do que uma bomba, pois veio para destruir relações, famílias, crianças, jovens e adultos...


Será mesmo? O problema é o celular, ou é outro? Inclino-me a pensar que o problema não está no celular, mas em nós. Não confiamos em nós mesmos, no potencial que está em nossos corações. Pode estar adormecido; mas está lá.


Potencial adormecido - Ponho-me a pensar nos batizados que realizamos de modo tão solene! Ser batizado é ser templo da Santíssima Trindade. “Todos vocês, que foram batizados em Cristo, se revestiram de Cristo... vocês pertencem a Cristo” (Gal 3,27.29). Estamos conscientes da dignidade de estar revestido de Cristo e a Ele pertencer? Acreditamos no potencial de evangelização que está em nós? – Quando vamos despertar? Até quando nos consideramos vítimas? Até quando confirmamos que o problema no mundo não é a força do mal, mas a fraqueza do bem? Até quando os que potencialmente podem fazer o bem ficam de braços cruzados, adormecidos, inertes?

Olha só: se a vida de cada batizado(a) fosse de fato guiada pelo Espírito do Santo, os meios sociais não seriam utilizados para promover a amizade verdadeira, divulgar a verdade, curar feridas, alimentar o bem, a concórdia e a paz? Se o celular de quem é batizado nunca fosse instrumento de fofoca, agressão, divisão, ódio... isso já não seria uma grande mão na roda?


Coração, mente e vontade - Um coração que pertence a Deus e uma mente que deseja firmemente fazer a vontade de Deus vão fazer com que suas mãos e seus dedos utilizem o celular para fazer dele um instrumento de evangelização.

E isso é bem salesiano. São Francisco de Sales ressaltava que não são as coisas de fora que determinam nosso agir, mas sim nosso interior. Ele dizia que “quem tem Jesus Cristo no coração, vai tê-lo também em suas ações exteriores” (Filoteia III, cap. 23). A fonte de nossas ações é o coração. Ele queria que a expressão “viva Jesus” fosse inscrita em nossos corações, pois, acontecendo isso, os lábios, os olhos, as mãos e todo nosso corpo farão obras agradáveis a Deus.


Evangelizar os batizados – Eis o desafio para a Igreja hoje: evangelizar os que nós batizamos! Já o dizia o saudoso cardeal Cláudio Hummes. Em termos salesianos, diríamos “educar o coração”. Não é exagero dizer que nunca tivemos, na história, oportunidades como hoje para fazer chegar a boa notícia do Evangelho a qualquer recanto do mundo, a todo coração que estiver no outro lado da telinha. Se há dois mil anos atrás Jesus disse que “a boca fala daquilo de que o coração está cheio” (Lc 6,45), hoje ele acrescentaria que os dedos enviam o que está no coração, na mente e o que a vontade decidir.


Faca e queijo na mão – Se, até anos atrás, eram os donos dos meios de comunicação – rádio, TV, jornais – que mantinham o monopólio, e faziam chegar às multidões o que eles desejavam, agora isso mudou. Pelos meios sociais, também nós, de certa forma, nos tornamos “donos” – você e eu - pois depende de mim e de você o que chega aos outros. Não arrumemos desculpas. Não fiquemos em nossa zona de conforto. É hora de mostrar a força do bem! São Francisco de Sales, rogai por nós! Deus seja bendito!


Pe. Aldino J. Kiesel, O.S.F.S.




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