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  • Foto do escritorArquidiocese de Pelotas

TEMPESTADES QUE APROXIMAM E RESGATAM O SABOR DA VIDA

Neste tempo de recolhimento social, a vida nos pede um pouco mais de calma, apreço e cuidado. Somos inundados por informações que muitas vezes nos tiram a paz e nos colocam em situações de profunda descrença na ciência, na igreja e na própria ação de Deus sobre nossa vida. É necessário o recolhimento ao interior de nosso próprio coração, sentir e permitir que no silêncio, possamos ouvir os nossos próprios anseios. 

É o momento de refugiar-se no colo de Deus, permitir que Ele esteja presente em nossas relações familiares e fraternas. Sentir que não estamos só e que a vida precisa ser cuidada, amada, respeitada e, acima de qualquer valor financeiro, precisa ser preservada.

É nesse  refugiar-se que São Francisco de Assis redescobriu sua vocação e missão. Nesse reestabelecer da fé, que confronta o que eu sou, com aquilo que Deus quer que eu seja. No colo de Deus há esperança, no cuidado com a vida há esperança! Estamos na Semana Santa, tempo adequado para refletirmos nossa maneira de viver, de pensarmos sobre a forma que nos relacionamos com as outras pessoas, e o termômetro que nos dirá como estamos é a Palavra de Deus.

Precisamos reconfigurar nossa vida com a proposta apresentada por Jesus Cristo. Necessitamos estabelecer relações de amor, cuidado, acolhimento e solidariedade; sentimentos que devem ser a marca registrada do bom cristão. E Deus age no Santo de Assis a partir de sua fragilidade. Também conosco é assim, Deus pede espaço para transformar nossa vida, basta que abramos a porta e permitamos que a transformação aconteça.

São Francisco de Assis, ao perceber que Deus lhe pedia mais do que conquistar riquezas neste mundo, deu-se por conta de que os bens materiais não são meios seguros para se construir uma vida feliz. Francisco busca no silêncio as respostas para suas angústias e encontra na solidão a pergunta que iria, posteriormente, guiar seu caminho de encontro com os mais necessitados: “Senhor, que queres que eu faça?”. Esta pergunta é pertinente também a nós, neste tempo de isolamento social.

O Santo de Assis  nos recorda que, para existir amor é necessário o cuidado. E este tempo que nos prepara para celebrarmos a morte e ressurreição de Cristo, é favorável para o reestabelecimento das relações de cuidado com a família, os amigos, a natureza. É tempo oportuno para estabelecer relações de cuidado e acolhimento aos mais necessitados. A pergunta que despertou São Francisco de Assis, ao cuidado com os miseráveis de seu tempo, continua a ressoar em nossos ouvidos e nos desafia a sermos os “Franciscos” do século XXI, ou seja, aqueles que cuidam e zelam pela vida do povo que Deus nos confia. Somos desafiados a fazer a diferença, pelo exemplo evangélico do serviço e da solidariedade.



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