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  • Foto do escritorArquidiocese de Pelotas

VAMOS ASSISTIR A MISSA?

A Santa Missa é a principal manifestação da unidade da comunidade eclesial. Durante o importante concílio realizado na década de 1960, o Concílio Vaticano II, os bispos destacaram no documento Lumen Gentium, a Eucaristia como “fonte e ápice de toda a vida cristã” (LG, 11). Isso significa que essa celebração e o recebimento da Sagrada Eucaristia impele a todos os fiéis a uma vivência da fé no seu dia-a-dia e a superar as adversidades que surgirem. Ainda mais, compromete a todos no empenho por uma vivência profética frente as desigualdades da sociedade. Isso tudo e os resultados desse empenho, serão celebrados na próxima Missa, pois ela também é o ápice, ponto máximo da nossa fé.

Com a pandemia, a grande maioria dos leigos foi afastada do contato semanal, e quiçá diário, da Santa Missa. A alternativa encontrada pelas Paróquias para o acompanhamento dos seus fiéis foi a transmissão das celebrações, além daquelas tradicionalmente vinculadas pelas grandes redes católicas de televisão. Essas transmissões possibilitaram as Missas com o rosto particular, nas próprias Igrejas, com a voz e a mensagem dos seus padres, com os cantos comuns da comunidade. Sem dúvida, isso foi muito positivo e exigiu grande empenho dos envolvidos.

Porém, vale destacar que a presença dos fiéis na assembleia litúrgica é muito mais do que de simples expectadores. Por que isso? Ao comparar com outros programas que podem ser “assistidos” a diferença fica bastante clara. É comum, ao assistir uma novela, realizar comentários sobre os cenários, as vestimentas dos personagens, críticas a trama e a história narrada; ao assistir um filme, levantar para buscar pipoca; e, ver um jogo de futebol tomando chimarrão, entre outros exemplos. Além disso, a maioria desses programas que podem ser assistidos, não nos exigem um compromisso ou um empenho ao seu final, no máximo um entusiasmo ou outro sentimento que pode ser esquecido com a troca do canal. Na espiritualidade da Sagrada Liturgia, não cabem essas ações.

Durante a Santa Missa, vivencia-se novamente o Santo Sacrifício de Jesus por toda a humanidade e ele se dá ao povo pela Palavra e pelo Pão Consagrado. No envio do final da Missa: “Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe” não pode terminar com se fosse um filme, uma novela ou um jogo. Ele nos impulsiona para a vivência de uma missão: testemunhar ao mundo a graça recebida na Celebração Eucarística. Como ele é fonte e ápice, a Missa nos leva ao mundo de missão e esse nos leva à Missa.

Por fim, as transmissões estão tendo grande importância e ajudado muito na perseverança da fé durante esse tempo de pandemia. Porém, precisa ser exceção para essa época ou para as pessoas de idade e enfermas que possuem grande risco de contaminação. Tudo isso são exceções. Para quem tem possibilidade ou após a pandemia, não deixe a exceção permanecer. Todos os fiéis são chamados à celebração presencial do grande Mistério Pascal de Cristo. Com a presença nos templos, a Igreja celebra unida, não assiste.



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