No Evangelho de hoje temos uma palavra forte de Jesus dirigida às multidões. Uma palavra com tom de crítica. Ele disse: "Com quem vou comparar esta geração? São como crianças sentadas nas praças, que gritam para os colegas, dizendo: 'Tocamos flauta e vós não dançastes. Entoamos lamentações e vós não batestes no peito!' Veio João, que não come e NÃO bebe e dizem: 'Ele está com um demônio!' Veio o Filho de Deus, que come e bebe, e dizem: 'É um comilão e beberrão, amigo de cobradores de impostos e de pecadores!'
Com estas palavras, Jesus fazia a crítica de que a geração do tempo dele não tinha a sabedoria bíblica. Porque, sabedoria, segundo a Palavra de Deus, é a capacidade de discernir. A geração do tempo de Jesus não foi capaz de discernir a vinda do Filho de Deus como Salvador. Em outras palavras: discernir a vinda do Filho de Deus para tornar todos filhos de Deus e irmãos uns dos outros; discernir a vinda do Filho de Deus para incluir a todos na família de Deus e serem felizes.
Será que a crítica de Jesus à geração do tempo dele não vale também para a geração do nosso tempo? Será que temos a sabedoria bíblica? Será que sabemos realmente discernir? A vinda do Filho de Deus acontece quando as pessoas são dignificadas, são incluídas, são valorizadas. Por isso é preciso ir ao encontro das periferias existenciais como nos convida o Papa Francisco.